sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Situação de aprendizagem 2 - As indulgências e os protestantes





A indulgência é a eliminação total ou parcial das penas temporais do cristão devidas a Deus pelos pecados cometidos, mas já perdoados pelo sacramento da Confissão, na vida terrena. A existência das indulgências é a consequência da crença católica de que o perdão obtido pela confissão não significa a eliminação das penas temporais, ou seja, do mal causado como consequência do pecado já perdoado, necessitando por isso de obter indulgências e praticar as boas obras, a fim de reparar o mal que teria sido cometido pelo pecado. As indulgências foram concedidas no início da Igreja para reduzir as penitências muito severas, desenvolvendo-se plenamente no século III. 
A Igreja reconheceu a existência de abusos ao longo dos séculos, e usou sua autoridade para corrigi-las.Porém distúrbios posteriores na concessão indulgenciária seriam contestadas na Reforma Protestante. Em 1517 o Papa Leão X ofereceu indulgências para aqueles que dessem esmolas para reconstruir a Basílica de São Pedro em Roma. O agressivo marketing de Johann Tetzel em promover esta causa provocou Martinho Lutero a escrever suas 95 Teses (Tetzel seria inclusive punido por Leão X por seus sermões, que ia muito além ensinamentos reais sobre as indulgências). Embora Lutero não negasse o direito do Papa ou da Igreja de conceder perdões e penitências, ele não acreditava que dar esmolas seria uma boa ação, mas um ato semelhante à compra das indulgências e o perdão das penas temporais.

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